O dinheiro traz felicidade? A ausência dele gera infelicidade? Pesquisadores como o psicólogo e economista Daniel Khaneman, ganhador do prêmio Nobel de Economia e Angus Deaton, professor de economia da Universidade Princeton, têm se debruçado sobre essas inquietantes questões nos últimos vinte anos.
Em estudos recentes, Khaneman e Deaton observaram que a felicidade relatada por norte-americanos aumenta à medida que suas rendas aumentam, mas apenas até um limite de aproximadamente 75 mil dólares anuais. Acima deste valor, o impacto ocasionado pelo aumento da renda sobre a felicidade é considerado insignificante.
Segundo as pesquisas, o aumento do grau de felicidade não é proporcional ao aumento da renda, pois, como vimos, ela se estabiliza no patamar de 75 mil dólares(há variações para este valor, dependendo da cultura, país, etc). Como assim? Suponha que você tenha uma renda de x Reais e que se considere com uma nota z em termos de felicidade. Se sua renda duplicasse, ou seja, passasse de x para 2x , seu grau de felicidade não necessariamente saltaria de z para 2z . Na verdade, Khaneman e Deaton cavaram mais fundo, concluindo: quanto menor é a renda de uma pessoa maior é o impacto em sua felicidade quando há o incremento de renda, independentemente da porcentagem de aumento. Por que isso acontece? Este aumento na renda possibilita que se tenha acesso à novas experiências e oportunidades. À medida que as necessidades básicas de uma pessoa vão sendo supridas é perfeitamente compreensível que se queira mais, como por exemplo, uma viagem de lazer ou uma reforma na casa.
Em números: Um aumento de R$ 500,00 no salário de uma pessoa que ganha R$ 1.000,00 causa um impacto muito maior na vida desta pessoa(felicidade)quando comparamos ao impacto que o mesmo aumento causa na vida de quem ganha R$ 5.000,00.
Quer aprofundar o assunto? Deixo as dicas dos excelentes livros dos autores citados no post 🙂
Deixe seus comentários, críticas e sugestões.
Indique o Blog para os amigos. 🙂