Arquivos do Mês: setembro 2020

O arroz é a bola da vez

No país das maravilhas existe um produtor de arroz que, por acaso, também é o único fornecedor de um município de 5000 habitantes.Sua produção(oferta) atende perfeitamente às necessidades(procura) dos habitantes e,estes, estão dispostos a pagar o preço sugerido pelo fornecedor. Este casamento perfeito entre oferta e procura(demanda) chamamos de Equilíbrio de Mercado.

O que poderia dar errado? De fato, muita coisa. O que aconteceria se, em uma determinada safra, metade da produção fosse perdida devido a um acidente climático? Teríamos um desequilíbrio entre oferta e demanda ( oferta< demanda) e o preço do arroz subiria para compensar a perda. Mas quem disse que os consumidores estariam dispostos a pagar pelo novo preço? Incia-se assim uma nova negociação entre fornecedor e consumidor em busca de um novo equilíbrio de mercado.

E se houvesse uma supersafra? Neste caso, sobraria arroz(oferta > demanda) e, para não haver desperdício, o fornecedor diminuiria o preço na esperança de que os consumidores comprassem o excedente e novamente se iniciaria uma nova negociação em busca do novo preço justo para ambos.

Vamos a outro exemplo? E se os habitantes deste município ficassem sabendo que há outros fornecedores de arroz que praticam preços menores? Note que a presença de um concorrente é suficiente para ocasionar o desequilíbrio novamente. Como se trata do mesmo produto, ganha aquele que oferece o menor preço( ao menos é o que se espera, embora saibamos que o comportamento do ser humano está longe de ser racional).

A lei que rege os mercados é chamada de lei de oferta e demanda. Incrivelmente ela é ao mesmo tempo simples de entender e altamente complexa quando analisamos os múltiplos cenários que surgem quando vendedores e compradores interagem na vida real. Como você pode ter percebido, o Equilíbrio de Mercado é, de fato, dinâmico e temporário e nunca estático, pois a mais leve brisa( concorrência, acidentes climáticos, crise, desemprego, expectativa de aumento de preço no futuro, políticas governamentais, tecnologia, propaganda, preferência do consumidor, etc) gera instabilidade, e esta, a um novo “equilíbrio”.

Independentemente da complexidade do mercado, nós, cidadãos, temos o poder de decisão sobre o preço final de um produto. Como assim? No caso do arroz, assunto em pauta nos dias atuais, basta simplesmente NÃO COMPRAR . Como vimos neste post, se a demanda diminui, os produtores e fornecedores ajustarão o preço até haver o novo equilíbrio.

Faça sua pesquisa! Há inúmeros substitutos para o arroz, como macarrão, batata doce,etc. Seu bolso agradece 🙂

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